sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O poeta não é solitário...

Se você escreve, assim como eu,

Um dia já foi questionado do por que de se dedicar a pintura das letras

Complicada questão...

Pergunta proibida!

Todo poeta é um solitário

Às vezes por opção, mas na maioria não...

Por isso, nunca pergunte ao poeta se ele está só...

A resposta será sempre a mesma!

Em 95% dos casos, ele usa isso a seu favor

Como fonte primária de inspiração

Somos detentores do meio de produção

Somos burguesia e proletariado

No mundo das palavras

Nessa sociedade, poucas letras são desvalorizadas

O que é importado tem menos valor do que o local

“K”, “W” e “Y” não tem vez

E apesar das atuais mudanças

Que jogaram fora tantos traços sinalizadores de oxítonas e paroxítonas

Pouca coisa mudou, pois nesse planeta gráfico

Pouca gente aprendeu a viver

Só os solitários dão o real valor as combinações corretas

Das letras alfabéticas na hora de compor a palavra

Que na “couxa de retalhos”, que é o texto, compõe a mensagem

É melhor amar a palavra e saber falar o que sente quando se sente

Que amar o homem e não saber o que falar, em nenhuma das ocasiões

Ser só com a palavra não é estar solteiro

Ser só desse jeito é estar acompanhado da melhor forma de expressar

Assim, quando não estiver mais só

Assim, quando o amor realmente chegar

Eu serei ex-namorada da palavra,

Mas saberei o que falar, na hora de conquistar

RAFAELA GOMES DE OLIVEIRA, 28/01/2011, 14:16H

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Escuta! Eu estou falando com VOCÊ

Pare de fingir que não quer, eu sei quem você é, o que você pensa. Não é difícil adivinhar...

Homens são previsíveis e tão ingênuos. Acham que não somos capazes de apresentar o que eles pensam ao “público”...

Coitado... Se eu fosse você, começaria logo a ceder. Parava co essa história de auto-suficiência e dava uma chance para mim.

Prepotência? NÃO! Sei... Só! Intuição!

Força do pensamento me provou que competências e compatibilidades vem de dentro para mostrar aos corações orgulhosos o quanto é importante crer nessa coisa estranha, chamada sentimento.

Só não me peça para ser quem eu não sou. Não queira que eu goste das coisas que você gosta. Não peça para que eu faça algo que te agrade.

Mas, dependendo do jeitinho que você pedir, se você for capaz de me convencer, quem sabe eu não danço conforme o ritmo da sua música favorita. A que você mais gostar... É só falar!

Te garanto! Quando os nossos sabores se misturarem, você vai entender tudo o que veio em minha mente até agora...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Não seja covarde, tenha mais coragem

Estou aqui à espera de uma resposta sua
Isso não foi uma metáfora
É a descrição de uma cena
Eu sei o que você tem por dentro, te conheço mais do que você imagina
Mas se quiser me contar, garanto fingir que não sei de nada
Vou ficar calada, escutando cada palavra
Vou olhar nos seus olhos e aproveitar para admirar cada
Traço desse seu rosto lindo
Enquanto você fala coisas que eu já sei para tentar me impressionar
Quanta doses eu beberei para sonhar?
Não sei...
Já não agüento mais. Ponto final.
Meu violão vai quebrar
Já perdi a conta dos acordes que fiz
Quantas notas dedilhei
Quantas músicas cantei
Sons que me fazem lembrar você
Agora, sem rodeios, vamos direto a questão:
Me responde? O que quer? Ou não quer?
Me quer ou não?

CTRL+C/CTRL+V

Uma frase feita e uma “nova” regra para que você possa compreender: Todo jornalista é crítico, mas nem todo crítico é jornalista.
Pois bem, vasto espaço de possibilidades de construção de conhecimento... Sim, eu estou falando com você, Dra. Internet!! Todos estão te usando e só você não percebe.
Você é território sem dono. Terra sem lei, terra que ninguém manda.
Todos os dias, centenas de pessoas vem aqui, criam suas páginas, escrevem suas besteiras e apostam que vão alcançar “sucesso”.
O direito nem se quer sabe o que fazer com estes “conteúdos”. Não há lei dentro do direito autoral que proteja os produtos criados e expostos aqui. E o “CTRL + C/CTRL + V” comandam.
Como um dia destes vi uma crônica minha, abrilhantando o perfil do Orkut de alguém por ai... O que fazer? Armar um barraco e pedir para colocarem o meu crédito no fim do texto? Ficar feliz por saber que as palavras que escrevi são espelho refletindo as experiências de vida de alguém?

OU NÃO??

Sertanejar

Num lugar, não muito distante daqui, existe uma terra de um povo inteligente, porém subestimado.
As teorias são várias: O calor estimula seus cérebros, que eles possuem um sol só deles e que por este mesmo motivo, seu povo brilha bem mais.



Entre brincadeiras, às vezes pesadas, às vezes demonstrando deboche, te digo uma coisa, meu irmão... Não é qualquer um que nasce para ser sertão. Vou te dizer o que sente o sertanejo:
É orgulho. Esqueçam as teorias. Ser sertanejo, ser interiorano é acima de tudo vencer, pisando o preconceito. Roubando as vagas dos que residem mais próximo as águas do atlântico.



Acordar cedo, poder circular tranquilamente a pé pelas ruas da cidade.
A receptividade desse povo é algo que encanta qualquer “gringo”... Já vi um bocado deles voltarem por lá.
E, veja bem, lá não tem nada. Lá não tem Disney, não tem Sea World... Mc Donalds? (RISOS) Ai, ai...
Lá tem: gente de verdade, que dá bom dia, que senta numa cadeira na calçada de casa para ver o movimento da rua, os carros passarem...
No pedacinho de sertão de onde veio esta humilde jornalista, tem gente fazendo a armadura do pé de muito europeu. É calçado que lá fora vale o quádruplo do que valeria se fosse vendido aqui. E não é salto alto para estrangeiro sambar não, querido amigo... É para andar, correr, gastar o solado!
Povo que tem fé, que acredita em Deus e sabe que sem ele o Diabo atenta!
Por isso que tem cuidado na hora de plantar suas sementes, e rezam para São José, o “padrasto” do todo poderoso, mandar aquela água, aquela vida, que gera o verde...
VERDE! VERDE E BRANCO. É a saudade de estar no José Cavalcanti gritando: NAÇA!



Filho desse lugar caloroso se distingue dos de outro lugar. O riso fácil vem mostrar que pra ser feliz ninguém precisa de muita coisa. Ter saúde para trabalhar, por comida na mesa, estar com os amigos: isso basta... O simples realiza esse povo, o meu povo e me realiza também...