sábado, 26 de fevereiro de 2011

O espetáculo da política na mídia: Os protagonistas é que pagam para se encaixar no roteiro

A mídia não se autoavalia, e isto é uma afirmação sim. Pois bem, caso fizesse não cometeria os erros que acabam causando sua auto-sabotagem. Nos dias atuais, onde o comércio, a venda, a compra estão em todos os lugares, não é difícil identificar um vendedor embutido. Para mim, este é o papel dos meios de comunicação hoje: vender uma imagem. É uma industria, ela detêm os meios de produção!

Criar uma imagem, tirando beneficio dela, expondo e recebendo algo em troca. O ritual que parece ser sinopse de filme da máfia italiana é uma realidade a qual somos obrigados a conviver todos os dias. E como toda boa trama, a parte investigativa e heróica se torna contraditória, já que não é responsabilidade da TV, caso fosse, como ela iria se manter? Pensamento limitado esse. Pois bem, é assim que eles pensam.

Todo filme precisa de uma boa história para se manter. Mostrar detalhes que encaixam uma serie de acontecimentos. É assim que acontece com muitos estudantes de jornalismo. Entram na faculdade acreditando que vão se tornar heróis, mas o professor trata de fazer uma “sessão especial” que vai apresentá-los a realidade.

Uma mistura de suspense e drama que põe estes estudantes diante de um dilema. A dificuldade maior é absorver isso tudo tanto como parte em integração contínua da mídia, como sendo também espectador, dono de um poder de critica.

O Studio de gravação desse “filme” são os bastidores da política. É lá onde acontecem os acordos, desacordos e as promessas. As trocas de favores acontecem parte nos bastidores e parte “ao vivo”, no novo espaço público descoberto pela política ao longo desses anos de desenvolvimento da imprensa televisiva no Brasil, mas de um jeito tão bem cuidado, que estão debaixo do nosso nariz, e muita gente não percebe.

No texto “Embate na TV favorece imagem e garante espetáculo” de Célia Ladeira Mota (2011)*, temos um exemplo grandioso dessa construção de imagem midiatizada em beneficio de algo/alguém, em decorrência dos atores envolvidos. Lá, a autora faz uma explanação dos últimos acontecimentos vistos até pouco tempo antes do Presidente Lula passar seu cargo a sua sucessora, Dilma Roussef. O exemplo é claro e ela não poupa o direito de citar nomes. Mostra como o trabalho de desconstrução da imagem do ex-presidente, acabou sendo uma tentativa frustrada, onde o feitiço virou contra o feiticeiro, e beneficiou o enfeitiçado. A tentativa de mostrá-lo como um homem desentendido, extrapolador delimites e descumpridor de protocolos (sem contar o episódio da “cachacinha”) acabou ajudando a construir uma imagem de homem simples, popular e de fácil relacionamento, devido sua política com o exterior que ampliou o nome Brasil diante de outras grandes nações. O Lula tornou-se o pacificador, o bom homem, o amigo, o ator que vende tudo o que quiser.

Esse é exemplo foi o provocador da primeira frase de todo esse texto. Agora a frase se transforma em questionamento: Por que a mídia não se auto avalia? A resposta é clara, mas difícil de engolir. A mídia é pautada pelo “privado”, mas não perde sua característica de serviço público. Quem movimenta o setor privado não são só empresas, a política é a chave que abre as portas desse mercado.

No tripé sustentador da sociedade atual, o peso da mesma pende sempre mais para um mesmo lado: dos políticos (os atores deste espetáculo). A sociedade não é base, mas é formada por eles, pela economia gerida pelos mesmos e pela imprensa que é a válvula de escape. Naquela fumaça preta saem três anos e seis meses de problemas, que não são concertados pelos mecânicos (politicos), mas são “maquiados” pela mídia.

O que pouco se faz em três anos e meio é enaltecido durante um período festivo que acontece a cada dois anos no nosso país. O espetáculo da política, que não se dá mais nos palcos públicos, entra no caminhão da mudança, rumo aos estúdios da TV, onde todo problema torna-se mil vezes maior e toda reforma de praça recebe a importância de um hospital público para pessoas com câncer. São dois lados, o qual lado você está não depende só de você. Depende do que vai acontecer atrás das câmeras e dos valores... literalmente!

* http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=627TVQ002

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Fim de um... inicio

http://www.youtube.com/watch?v=izLV7AY6TJY

Pessoas são tidas como representações
de algo divino,
aquele que é o culpado por nossa criação...

será mesmo?
será Deus essa pessoa que
ri hoje e amanhã chora
Como um de nós?

Parece-me não ser...
Se Deus fosse capaz de sentir
As coisas que o ser humano, puro e simples,
Sente, com certeza largaria tudo para ser um de nós.

Não digo que quero que ele o faça...
Todos precisamos muito mais dele lá, nesse desconhecido que
Idealizamos conhecer depois da morte,
Que aqui, conosco...

Afinal... Alguém precisa gerir essa
Empresa produtora de sentimentos

Mas, naquele dia, em que eu consegui reconhecer a
Importância de cada um dos que
Dividiram aquelas manhãs de aula comigo
Eu afirmo: Deus sentiu inveja de mim!

Dizem que toda inveja é má,
Mas não!
Ele sentiu inveja boa!

Bem que ele queria estar ali
Chorando de felicidade e por causa de uma saudade
Que já se precipitava ao se demonstrar, mostrar e trar, ar...

Trazer o ar para dentro dos pulmões?
Usar as vias respiratórias nunca foi tão difícil...
É meio sujo, nem tente imaginar.

Só quem passa é que sabe
Doar um abraço
Sem malicia, por amor mesmo
É assim que funciona.

E se você sente ciúmes disso,
Não está preparado para conviver com essa gente.

Não é menosprezando, nem exagerando
É na medida certa
Gostar sem nada em troca
Sem expectativas

Isso é saber que quando
Precisar vai ter alguém lá!
EU TIVE... MUITAS VEZES

Tantas, que cheguei a repetir de amigo
Para poder dar conta da demanda...

Pois é,

Deus agora está olhando para mim,
Com lágrimas limpas escorrendo pelo rosto
Recém despertado

Se você pudesse ver através dos olhos dele
Enxergaria um choro silencioso, calado, sincero
Não é saudade de ninguém, é saudade de todo mundo!

Saudade do tempo
O tempo corre, muda as coisas e faz você mudar
Agora, você não é o mesmo de ontem

Por isso é saudade do tempo,
Porque daqui há mais algum
Nenhum de nós será o que foi naquele dia
Que Deus sentiu inveja
Do nosso amor...

Eu tenho certeza que ele quer ser nosso amigo, TAMBÉM!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Aquecer, esse é o segredo...

Às vezes me sinto desgarrada, como um felino que já cresceu o suficiente e não precisa mais da mãe para se alimentar. Eu sinto que já posso fazer isso sozinha.

A vida não é um filme de comédia romântica, por isso: Pare de assistir.

Quando você sai da sala de cinema acreditando que aquela mensagem mudou sua vida, vem alguém e te trás para a realidade. Pode acontecer de várias formas: Num acidente na rua, um mendigo faminto, um viciado pedindo um trocado para mais uma pedra.

Culpar a “vida” por isso tudo é muito fácil. Difícil é admitir que nós não só fazemos parte dela, como a fazemos. Nós construímos os contextos.

São as competições que estimulamos, o desejo de consumo que concordamos em apoiar cada vez que vamos a loja e compramos mais um sapato (quase igual aquele que está encostado no teu guarda roupa), os julgamentos prévios que fazemos de pessoas sem nunca ter cruzado um olhar... é tanta coisa, é tão infinito...São problemas não é?

Se fosse para descrever partes boas da vida, logo, logo alcançaria o momento exato de por um ponto final na descrição. E eu penso: será que ser triste te oferece mais opções do que ser feliz?

Não!

A infelicidade te oferece uma leva de caminhos que a princípio parecem ser “alegria”. Depois vem as conseqüências.

Já a felicidade, é tão fácil de ser alcançada que pela simplicidade de atingi-la, as palavras que a descrevem caberiam num parágrafo bem pequeno. Pode crer...

Isso não são indícios de uma depressão sazonal.

O céu cinzento, a chuva forte, o frio... Mas, a solidão faz parte da sua vida porque você criou maneiras de se isolar, de se afastar.

E estar sozinho é estar sozinho! É num quarto abafado escutando o volume baixinho da televisão, para te dar a sensação de ter uma “companhia”... é também ir para uma festa, com uma porção de amigos e estampar um sorriso estático, petrificado e “moldado” previamente no rosto para simular um estado de alegria.

Mas, como eu bem dizia... A culpa não é da vida. Os atores humanos são culpados por toda desgraça que nela existe.

Eu não quero copiar teorias de ninguém. Só aplico uma já existente a outro cenário.

Todo mundo culpa a mídia por tantas coisas, mas ninguém pára para pensar que a mídia na surgiu sozinha. Ela não brotou do chão, pura e simples. Alguém jogou uma semente no chão. E por mais que você pisasse aquele chão, sem saber que uma semente estava escondida por baixo da sua terra e dos seus pés, eu te digo: A SEMENTE ESTAVA LÁ.


Malefícios e benefícios da humanidade na terra. Talvez bem mais malefícios. Nos encontramos num estágio em que fazer mal ao nosso habitat natural é tão “natural” que nem percebemos quando o fazemos.

Se você hoje acordasse num mundo sem coisas erradas, tudo seria tão... Diferente. É repetitivo, mas essa é a palavra: DIFERENTE.

Quando eu digo errado, não é o que a sociedade julga ser errado. É o que é realmente errado, simplesmente não existir.

É utópico, mas imagine: preconceito... todos esqueceriam a escravidão que um dia fez uma raça se sentir superior a outra e deu seguimento a uma seqüência de problemas de ordens diferentes, mas de origem, de raízes semelhantes.
Preconceito contra mulher: simplesmente ninguém parabenizar uma mulher que sai para trabalhar, enquanto o marido está em casa. Por que? Pelo que? Esquecer de um passado subestimador, que um dia deu ao homem autonomia, por julgá-lo mais inteligente ou forte? Quem disse?




Prostituição? Será esse realmente um problema, ou uma das profissões mais antigas existentes, quiçá a mais antiga, simplesmente sofre por extrapolar os limites impostos pelo criador da sociedade monogâmica?

E a monogamia? Será ela correta? Pense um pouco. Atribua a si um olhar antropológico. A traição existiria? Em que ela se apoiaria?

Fomos nós, que sem parar para rever nossos conceitos, nossas chaves de pensamento, acabamos por nos tornar isso que somos. Aceitando viver em uma ideologia pré-existente sem questioná-la, mesmo sabendo que existe a possibilidade de mudança. Isso tem que partir de cada um.

Não falo em revolução, mas se cada um de nós contribuir com um pedacinho de lenha para ascender essa fogueira, com certeza essa bola de neve vai derreter. Quem tem que mudar não é a vida, não é o mundo: é você!

Aqueça!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Esse não é mais um diário pessoal. É a única arma que tenho...

Ninguém julgue minhas atitudes, reações ou sentimentos que guardo por cada um dos que passaram pela minha vida.

Quem se dedica aos outros, expressa sua dedicação e mesmo assim não recebe o pagamento que deveria em troca, se revolta pelo tempo e amor investidos e jogados fora.

Não sinto ódio nem amor mesmo. Não porque eu sou um “espírito evoluído”, uma “pessoa boa”. Não sinto nada pois optei por não sentir nada.

Bem repetitivo o que vou dizer agora. Parece até ser frase de novela, mas já me disseram que ódio é um amor doente. Então eu não odeio. Também não assumo que amei ninguém, pois aquilo sim era doença!

Quem me magoa só o faz uma vez. É fato!

Eu nem derramo aquela água salgada quando fale neste passado, sabe?

Se esse passado fosse algo orgânico-material, eu o mataria! Eu atiraria! Mas, acontece que eu não sei atirar...

A vida foi meio cruel comigo neste sentido. Mas, eu não a culpo. Allan Kardec certa vez “me” contou que antes de nascer, nós fazemos algumas escolhas que vão contribuir para o crescimento da nossa e aprendizado diante dos erros de uma vida passada. Prefiro acreditar que fui tão feliz no amor na minha ultima vida, que optei por não viver nenhum nessa.

Isso para não pilhar que há algo errado comigo. Pode até ser...

Auto-suficiência não é bom! Isso é uma palavra difícil que inventaram para definir alguém que é solitário, mas se vira sozinho.

Eu vou me virando...

Quando eu li “Vida Líquida” pela primeira vez, na faculdade, vi que a teoria se aplicava a muita gente que me magoou nesse passado, o qual não tive oportunidade de atirar...

O desejo é líquido que ganha a forma que tem o pote onde você o guarda. Um dia você derrama em mim. Um dia você encontra um vidro, digamos assim, mais adequado.

Já eu, peguei pedra na rua, bati até fazer um buraco que coubesse os meus desejos.

Eu tenho sonhos simples. Meus sonhos são do tamanho do orgulho dos meus pais. Ainda bem.

O passado (aquele que ficou bem, bem, bem para trás), nunca demonstrou torcer por “isso (eu)”.

Pode parecer um insulto a mim mesma, mas me considero um animal xucro. Sou grosseira com quem me ama e o contrario com quem não merece.

Ingenuidade ou burrice, essas não deixam de ter sido as coisas que eu vivi...

Já fui “bebe” de alguém...

Já fui o “bem” de outro...

Até fui a “morena” de outro...

Posso falar que hoje não sou nada de ninguém. Paz: esse é o nome disso! Pode até não ser para você, mas para mim é paz!

Você talvez nem me conheça para estar se perguntando o porquê disso. Então, te peço novamente, não me julgue!

As pessoas não estão prontas para viver numa sociedade monogâmica. Se tivessem, não trairiam!

As pessoas não confiam, não amam, não respeitam, não falam a verdade... A monogamia machuca.

Hoje vivo de amar platonicamente. Sabe que é bom?

O amor platônico nunca me ligou para tomar satisfações de algo surreal e fruto do imaginário. Ninguém me sufoca. O amor platônico começa e termina sem você sentir as dores do fim.

Despreze qualquer sofrimento e qualquer sentimento. A vida é para ser vivida em paz, investindo em coisas úteis.

Mas, se mesmo assim, você optar por amar a moda monogâmica, faça-o da forma que tem de ser feito e me esqueça!



Rafaela Gomes de Oliveira

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SOU UMA PESSOA:




Trabalhadora, paciente, ambiciosa, que
valoriza a segurança e muito tranquila, que gosta de desfrutar
dos prazeres da vida (boa comida, essas coisas). Sou benevolente e
de bom coração. Capaz de perdoar com facilidade, porém não sei o que é
ser flexível. Contraditório né? Pois é:

"Não me pergunte quem sou e não me peça para permanecer o mesmo." [foucault]

Eu te repudio!

Por que é que quando eu menos espero você retorna aos meus pensamentos, só pelo puro prazer de deixar minha cabeça confusa?

Sai de mim! Eu preciso viver como uma pessoa normal.

Eu já te perguntei e você responde sempre com um tímido:

- Não diz isso...

Não digo eu!

Você só me fez bem quando era real. Quando você é só lembrança e saudade, me faz muito mal, atraso na minha vida... Não quero mais lembrar, nunca mais!

A "indireta"



"De tanto levar flechada do teu olhar, meu peito até parece, sabe o que? Tábua de tiro ao alvo... Não tem mais onde furar!"



[Demônios_da_garoa]

Eu sonhei:

Foi tão forte quanto ver o sonho se concretizar. Não faço promessas a santos, eles não me levam mais a sério. Se o que nos faz ter algo em comum está no espaço, recorro então aos céus. Todas as noites eu olho pra ele e procuro encontrar o planeta que nos une. Mas, não é possível, creio que não. Perguntei então a lua e ela acabou por me propor algo que iria agilizar o fim desta falta de você:



LUA: - Pegue um papel, escreva o que te aflige e queime na próxima noite em que eu estiver minguante. O seu mal, o que te faz mal vai passar...

Assim eu fiz. Mas, a Lua não foi justa comigo. Se eu tivesse recorrido a Vênus, este trato não teria trapaças, tenho certeza.



Só que na mesma noite em que eu o fiz, tudo começou a mudar e eu acreditei que o que eu sonhei iria se concretizar logo mais. Me enganei. O sono chegou, meu travesseiro me chamou para conversar e então ouvi a música, a batida e a voz de quem eu gosto, falar no meu ouvido como eu nunca tinha ouvido falar, brincar e finalmente me beijar...

De repente ouço um grito! Era RIHANNA, no despertador, me acordando. Foi bom, muito bom. Melhor seria se tivesse sido real...