quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Não sei o que escrever aqui

Não cessa...


Essa vontade de ver você não termina...


Não sei mais falar, não sei mais o que falar. São dias pensando no por que dessa distância repentina. Falo diretamente a você, e VOCÊ já percebeu.


Já ouviu falar em campo lexical? Pois é... Não sei se já, mas te digo que o meu acabou.


Não existem frases, nem combinações de palavras que eu já não tenha feito. Algumas te mostrei, as outras guardei para um outro dia, quem sabe?


Nem se eu falasse todas as línguas, dialetos, gestos de surdos... Eles não tem a palavra que explica o que é isso.


Eu já disse outras vezes, vou repetir: É falta, saudade, do que nunca foi meu.


Nunca te tive, nem por um instante... Mas, se eu tivesse... Nem sei.


São caminhos desiguais. O que antes, jamais tinha acontecido, agora sempre acontece. O encontro ao acaso. Como pode? Tantas vezes... Em tão pouco tempo? Algo que nunca aconteceu. Repito isso, pois se já tivesse acontecido, tenha certeza, eu lembraria.
Lembraria do seu jeito de gesticular, do seu sorriso simples e “nervoso”, do vento mexendo o seu cabelo, sem nenhuma dificuldade.


Eu lembro de tudo. É como se minha cabeça tivesse se transformado numa câmera, e todas as imagens dela tivessem sido gravadas numa fita sem fim. Todas as imagens ficam em sloow motion na minha mente, num replay... Replay que não pára.


E eu nem sei... Nem sei se é realmente isso tudo. Só se confirmaria se o que é sonho tornasse concreto. Mas, quando? Nem sei dizer o que se passa na sua cabeça? Como se faz para entrar ai? Que porta é essa? Onde ela está?


O que vou dizer... As palavras não vem. Já descrevi tudo o que se passa o tempo todo aqui, debaixo desse chapéu.


Já chamei tanta gente de covarde, mas agora vou usar melhor essa palavra.


O tempo passa, nada acontece... Todos os dias são iguais. Só nós podemos fazer deles dias diferentes...


Covardes somos nós!


DE: RAFAELA GOMES
PARA: VOCÊ

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