segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sertanejar

Num lugar, não muito distante daqui, existe uma terra de um povo inteligente, porém subestimado.
As teorias são várias: O calor estimula seus cérebros, que eles possuem um sol só deles e que por este mesmo motivo, seu povo brilha bem mais.



Entre brincadeiras, às vezes pesadas, às vezes demonstrando deboche, te digo uma coisa, meu irmão... Não é qualquer um que nasce para ser sertão. Vou te dizer o que sente o sertanejo:
É orgulho. Esqueçam as teorias. Ser sertanejo, ser interiorano é acima de tudo vencer, pisando o preconceito. Roubando as vagas dos que residem mais próximo as águas do atlântico.



Acordar cedo, poder circular tranquilamente a pé pelas ruas da cidade.
A receptividade desse povo é algo que encanta qualquer “gringo”... Já vi um bocado deles voltarem por lá.
E, veja bem, lá não tem nada. Lá não tem Disney, não tem Sea World... Mc Donalds? (RISOS) Ai, ai...
Lá tem: gente de verdade, que dá bom dia, que senta numa cadeira na calçada de casa para ver o movimento da rua, os carros passarem...
No pedacinho de sertão de onde veio esta humilde jornalista, tem gente fazendo a armadura do pé de muito europeu. É calçado que lá fora vale o quádruplo do que valeria se fosse vendido aqui. E não é salto alto para estrangeiro sambar não, querido amigo... É para andar, correr, gastar o solado!
Povo que tem fé, que acredita em Deus e sabe que sem ele o Diabo atenta!
Por isso que tem cuidado na hora de plantar suas sementes, e rezam para São José, o “padrasto” do todo poderoso, mandar aquela água, aquela vida, que gera o verde...
VERDE! VERDE E BRANCO. É a saudade de estar no José Cavalcanti gritando: NAÇA!



Filho desse lugar caloroso se distingue dos de outro lugar. O riso fácil vem mostrar que pra ser feliz ninguém precisa de muita coisa. Ter saúde para trabalhar, por comida na mesa, estar com os amigos: isso basta... O simples realiza esse povo, o meu povo e me realiza também...

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