domingo, 20 de fevereiro de 2011

Aquecer, esse é o segredo...

Às vezes me sinto desgarrada, como um felino que já cresceu o suficiente e não precisa mais da mãe para se alimentar. Eu sinto que já posso fazer isso sozinha.

A vida não é um filme de comédia romântica, por isso: Pare de assistir.

Quando você sai da sala de cinema acreditando que aquela mensagem mudou sua vida, vem alguém e te trás para a realidade. Pode acontecer de várias formas: Num acidente na rua, um mendigo faminto, um viciado pedindo um trocado para mais uma pedra.

Culpar a “vida” por isso tudo é muito fácil. Difícil é admitir que nós não só fazemos parte dela, como a fazemos. Nós construímos os contextos.

São as competições que estimulamos, o desejo de consumo que concordamos em apoiar cada vez que vamos a loja e compramos mais um sapato (quase igual aquele que está encostado no teu guarda roupa), os julgamentos prévios que fazemos de pessoas sem nunca ter cruzado um olhar... é tanta coisa, é tão infinito...São problemas não é?

Se fosse para descrever partes boas da vida, logo, logo alcançaria o momento exato de por um ponto final na descrição. E eu penso: será que ser triste te oferece mais opções do que ser feliz?

Não!

A infelicidade te oferece uma leva de caminhos que a princípio parecem ser “alegria”. Depois vem as conseqüências.

Já a felicidade, é tão fácil de ser alcançada que pela simplicidade de atingi-la, as palavras que a descrevem caberiam num parágrafo bem pequeno. Pode crer...

Isso não são indícios de uma depressão sazonal.

O céu cinzento, a chuva forte, o frio... Mas, a solidão faz parte da sua vida porque você criou maneiras de se isolar, de se afastar.

E estar sozinho é estar sozinho! É num quarto abafado escutando o volume baixinho da televisão, para te dar a sensação de ter uma “companhia”... é também ir para uma festa, com uma porção de amigos e estampar um sorriso estático, petrificado e “moldado” previamente no rosto para simular um estado de alegria.

Mas, como eu bem dizia... A culpa não é da vida. Os atores humanos são culpados por toda desgraça que nela existe.

Eu não quero copiar teorias de ninguém. Só aplico uma já existente a outro cenário.

Todo mundo culpa a mídia por tantas coisas, mas ninguém pára para pensar que a mídia na surgiu sozinha. Ela não brotou do chão, pura e simples. Alguém jogou uma semente no chão. E por mais que você pisasse aquele chão, sem saber que uma semente estava escondida por baixo da sua terra e dos seus pés, eu te digo: A SEMENTE ESTAVA LÁ.


Malefícios e benefícios da humanidade na terra. Talvez bem mais malefícios. Nos encontramos num estágio em que fazer mal ao nosso habitat natural é tão “natural” que nem percebemos quando o fazemos.

Se você hoje acordasse num mundo sem coisas erradas, tudo seria tão... Diferente. É repetitivo, mas essa é a palavra: DIFERENTE.

Quando eu digo errado, não é o que a sociedade julga ser errado. É o que é realmente errado, simplesmente não existir.

É utópico, mas imagine: preconceito... todos esqueceriam a escravidão que um dia fez uma raça se sentir superior a outra e deu seguimento a uma seqüência de problemas de ordens diferentes, mas de origem, de raízes semelhantes.
Preconceito contra mulher: simplesmente ninguém parabenizar uma mulher que sai para trabalhar, enquanto o marido está em casa. Por que? Pelo que? Esquecer de um passado subestimador, que um dia deu ao homem autonomia, por julgá-lo mais inteligente ou forte? Quem disse?




Prostituição? Será esse realmente um problema, ou uma das profissões mais antigas existentes, quiçá a mais antiga, simplesmente sofre por extrapolar os limites impostos pelo criador da sociedade monogâmica?

E a monogamia? Será ela correta? Pense um pouco. Atribua a si um olhar antropológico. A traição existiria? Em que ela se apoiaria?

Fomos nós, que sem parar para rever nossos conceitos, nossas chaves de pensamento, acabamos por nos tornar isso que somos. Aceitando viver em uma ideologia pré-existente sem questioná-la, mesmo sabendo que existe a possibilidade de mudança. Isso tem que partir de cada um.

Não falo em revolução, mas se cada um de nós contribuir com um pedacinho de lenha para ascender essa fogueira, com certeza essa bola de neve vai derreter. Quem tem que mudar não é a vida, não é o mundo: é você!

Aqueça!

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