sábado, 4 de dezembro de 2010

Crônica da Odaxelagnia

Depois de ter te visto, fui meio que jubilada das minhas faculdades mentais. Não sei se você consegue me entender, porque eu não!

É tão engraçado isso. Minha felicidade vai e vem, mas esse movimento quem controla é você. Pior, não sei “qual é a sua graça”... Quem é você? Menino diferente dos outros.

Eu quero saber onde você mora, se te fizeram mal, se você está bem... Me conte de você. Agora que eu padeço, preciso saber dos seus valores, seu passado, me fale dos seus amigos...

O dia foi estranho, porque já acordei sabendo que não iria sequer te ver. E mesmo se eu tivesse te visto, vou logo abrindo o jogo para você: cansei de tentar fazer rimas pra você me notar!

Eu construí uma mentira dentro de mim quando acreditei que isso poderia acontecer. Será muito difícil perceber, pra mim e pra você? Você me notaria e eu desistiria?

Está ficando tarde para algo que nem começou. Os dias passam, pessoas passam e qualquer dia uma delas vai me puxar pela mão... E eu nem sequer segurei a sua, sabia?

Por que você não pára com esse jogo antes que eu desista de brincar? Sou mulher e brincadeira é coisa de menina.

Não que eu não seja uma menina, só não sou mais tão menina assim. Sou menina de idade, com duas décadas das costas. Antes que eu vire mulher de uma vez e deixe de acreditar que sendo aquela menina vou agradar a você.

Não é difícil, cara! Sem querer me humilhar, mas já me ajoelhando... O que eu quero é só uma chance. Eu não mordo não menino! Quer dizer... Depende...

Rafaela Gomes de Oliveira

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