sexta-feira, 13 de maio de 2011

No Gramado ou no Tapetão, isso vai acabar em confusão...



Uma série de problemas que há vários anos atingem o futebol paraibano, se tornaram uma grande bola de neve que agora descem os montes altos da Borborema e em qualquer momento pode bater de frente com um doa times daqui.

É preciso pontuá-los para poder compreender essa loucura toda que fez o campeonato paraibano necessitar apelar para o tapetão.

A primeira coisa, que não deveria existir em lugar nenhum: o preconceito com times de sertão a destro. É triste o tipo de coisas que somos obrigados a escutar dentro dos estádios paraibanos. Coisas estas que levaram a criação de uma lei de combate a agressões verbais nos jogos (Vale pensar também na falta de fiscalização)...

Atitudes más, agressões... tudo isso alimentando um xenofobismo que, em primeiro lugar, desune a população do nosso estado, gerando violência. Basta percorrer alguns quilômetros mais ao sul ou mais ao norte para perceber sutis diferenças, que fariam diferença se fossem adotadas pelo povo daqui.

O povo do Pernambuco se orgulha de ser...

O povo potiguar promove o próprio estado onde quer que vá...

A Paraíba?

A Paraíba mais parece um continente dividido em pequenos países que vivem em guerra entre si. O litoral, Campina Grande e o dito “resto do estado”, cada um lutando por migalhas, por uma pontinha de reconhecimento. Quem é o maior do mundo? Onde o sol nasce? Onde ele passa mais tempo?... No fim, nenhum desponta, pois não há colaboração do “resto”. E assim, nada cresce, nada amadurece!

O segundo problema é o escadão da auto-promoção. Presidentes de times não recebem pra exercer essa função. Ai você me pergunta:

“Mas, Rafaela, e aquelas casas? Aqueles carros?”

Estar na presidência de um time é uma chance de aparecer na mídia, se mantendo dentro de um ciclo social que aos poucos monta uma rede de contatos ideal para transformar-se em um empresário do ramo do futebol. Essa escada promoveu uma negociação que rendeu cerca de 60 mil reais no mês passado. A compra do jogador Dú, enquanto o time do Nacional enfrentava dificuldades no campeonato deixou a torcida da cidade meio que “revoltada”.

A arbitragem é coisa que não se deve nem comentar. Essa tática do “CAI CAI” já é antiga. Isso foi só um REPLAY da final entre Nacional e Treze no ano de 2006 na cidade de Patos. O posicionamento dos árbitros mudou um pouco no ano seguinte quando os jogos foram televisionados. Mas em 2008, logo se descobriu uma forma de tirar proveito da arbitragem nos jogos que não eram transmitidos e que poderiam interferir de alguma forma no seu desempenho na tabela.

O nosso “futebol” já chegou até a receber uma espécie de apadrinhamento político, mas isso não vem ao caso.

Agora, a disputa CAPITAL X INTERIOR sai do gramado e entra no campo do tapetão.



O botafogo já ganhou a liminar que caçou. O Treze quer caçá-la.

Para mim, qualquer decisão tomada agora, vai tornar o campeonato 2011, uma Xerox do brasileiro de 1987, só que em menor dimensão. Flamengo ou Esporte... quem venceu? E hoje, quando o futuro se transforma em presente, surge a novela da taça das bolinhas. São Paulo ou não?
A justiça teve todo o tempo do mundo para investigar os jogos, mas resolve se meter só agora...

Vamos esperar... Daqui alguns anos você vai olhar esse texto novamente e vai dizer: BEM QUE ELA AVISOU.

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